quarta-feira, 2 de março de 2011

Ganda galo, oh Galiano!

Vem em vários jornais.
O "Público" , por exemplo, escreve que John Galiano foi ontem despedido pela casa Dior, na sequência da divulgação do vídeo, em que o designer de moda diz amar Adolf Hitler. "O britânico estava suspenso..." – continua o "Público" – "... suspenso de funções desde a semana passada, depois de ter sido detido em Paris, após insultar um casal com declarações racistas e anti-semitas.

Ora, já se viu que há certas feridas abertas que teimam em sangrar, de cada vez que se lhes toca. É também evidente, que a liberdade de expressão obedece a regras que passam pelo bom senso, pelo respeito, pela elegância, se quisermos e , neste particular, o da elegância, o estilista deveria ser mestre ...

Mas parece que não é.

Já no "Diário de Notícias" fica-se a saber que declarações foram essas , que levaram, por exemplo, Natalie Portman, israelita e que tem dado a cara pela marca Galiano, a dizer que "se sente enojada" com as declarações do costureiro.

Oiçamos então... O jornal diz que foi já em Dezembro do ano passado, se bem que a imprensa britânica só as tenha revelado na passada semana. E consta que, na gravação, Galiano insulta clientes, alegadamente um homem francês e duas mulheres italianas de um café do bairro judeu , em Paris.
Agora em discurso directo: "Eu adoro Hitler e pessoas como vocês estariam hoje mortas. Vossas mães, os vossos pais estariam hoje gaseados e mortos." Fim de citação.

Ora, o amor é uma coisa maravilhosa , mas também cruel, quando quer... e onde quero eu chegar é aqui. É que, se John Galiano tivesse vivido na Alemanha do 3º Reich e por muito amor que dedicasse ao Fuhrer, com aquelas feições e tom de pele e mais com aquele aparato de vestimenta, com que se costuma apresentar em público, estou em crer que, por muito amor que lhe tivesse, seria daqueles a quem Adolf Hitler mandaria, como se diz em linguagem futebolística,  mais cedo para o balneário.
Exactamente. Esse balneário.