sexta-feira, 25 de junho de 2010

uma tristeza

Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar


Vinicius de Morais, para música de Antº Carlos Jobim...
Pois o I desta sexta feira traz o assunto à conversa, na boleia de um estudo que garante que a felicidade se mede e constrói de forma quase científica. Comecemos pelo quase óbvio: Todo o mundo quer felicidade...
Todo o mundo e um estudo recente mostra que em todo o mundo, ou pelo menos em 148 países estudados, Portugal aparece em 78º lugar na lista dos mais felizes. Em sub-título à matéria, o jornal escreve que, segundo os rankings de felicidade, Portugal é dos países mais tristes. Enfim, verdade seja dita que, se estamos a ter em conta uma lista de 148 países e Portugal surge nessa lista em 78º lugar, acaba por ser uma posição que não chega para se dizer que é o mais triste ou mais alegre. Se começarmos pelo nº1 e esse for o mais triste de todos... Portugal é o 78º... , ou seja, há 77 países mais tristes que o nosso...se for o 1º o mais alegre, Portugal continua a ser o 78º, com mais 70 países a viver numa tristeza maior que a nossa... portanto, entre-se por que porta se entrar nesta tabela, Portugal fica sempre mais ou menos ao meio caminho. Talvez que, nesta forma que o jornal escolheu para classificar a nossa pontuação,  se revele um pouco o segredo da nossa infelicidade... este, de nos considerarmos uma tristeza. Adiante...
Diz o jornal que a felicidade se divide e mede cientificamente em dois patamares distintos: o nível de afecto e o nível de realização pessoal. Daí que, um dos segredos de alcançar a felicidade é estabelecer objectivos de vida. Por mais insignificantes que pareçam, ou sejam, realmente... pode ser planear o que se vai fazer no dia seguinte. Não importa, desde que se fixe uma meta e se trabalhe e ocupe a cabeça na perseguição desse objectivo; mais ainda, se anteciparmos o prazer que essa vitória nos vai dar...
Há no entanto que ter cuidado. Manda a prudência que não se fixem metas inalcançáveis. Que não se tente dar o passo maior que a perna... Porque, parece que está provado,  esbarrar-se em obstáculos inultrapassáveis pode gerar um sentimento de frustração arrasador... 
Ainda segundo os especialistas, viver o momento é importante. Aprender a tirar partido das situações que se nos apresentam... Outro aspecto, que haverá de ter em conta, é o próprio conceito de felicidade. Ou seja: o que é isso da felicidade, afinal de contas?... Porque muita gente passa a vida à procura dela e muitas vezes não se apercebe que a felicidade é aquilo que lhe está a acontecer nesse momento. Ou porque põe o conceito num patamar tão elevado e vago e mirífico que se torna impossível alguém alcançà-lo nesta vida.
Seguem-se ainda algumas dicas para ser feliz... são de um psicólogo e professor da universidade inglesa de Hertfordshire... autor do livro: "59 segundos – mude a sua vida em menos de um minuto".
Pois então, algumas dicas de Richard Weisman ...
Estar grato. Enumerar 3 coisas, pelas quais devemos estar gratos à vida, pode aumentar significativamente o nível de felicidade...
A seguir é que a coisa se complica... diz que elogiar o esforço das crianças também... mais o esforço do que as realizações... e aqui quase se cai em contradição com o que ficou dito lá atrás... que a frustração de um falhanço pode ser arrasadora... pois , esta última hipótese parece mais razoável: a de elogiar o esforço, mais que a vitória. Tanto mais que muitas vitórias chegam de bandeja e aprender a lidar com a frustração faz parte do B-A-BA da educação.
Depois diz que escrever sobre a relação também ajuda... esta exclui obviamente quem vive sozinho... é pena! E mais esta... ter plantas no escritório... que também ajudam a reduzir o stress e a induzir o bom humor... e então, se as plantas estiverem, em vez de no escritório, num alpendre rasgado sobre a praia, com a música das ondas embalando-nos o ripanço... então aí, a felicidade há-de ser ainda maior... pelo menos mais luminosa.

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