sexta-feira, 16 de julho de 2010

o porradão cósmico

A notícia já nem é de hoje, mas o Correio da Manhã volta a pegar no assunto, quanto mais não seja porque o protagonista da história já teve tempo, entretanto, para lhe juntar mais alguns pormenores...
O protagonista é este construtor civil algarvio, que entrou com uma empilhadora pelo Centro de Ajuda Espiritual adentro e só parou junto ao altar e porque tinha já uma pistola da Guarda Republicana apontada à cabeça, segundo o próprio. De caminho deixou em cacos toda a plateia da sala. A IURD deu-me cabo da vida – foi por isso. Diz Eleutério Cortes - o construtor arruinado – que nesse ano de 2004 começou a frequentar a Igreja Universal do Reino de Deus, em Faro, porque, obviamente, a vida lhe corria particularmente mal e ele não via saída, nem forma de dar a volta à má sorte. Todos os meses passou a dar 100 euros à Igreja... A promessa era que Deus lhe haveria de retribuir com 100 vezes mais... No fim desse ano chegou a participar numa certa Campanha Santa, que o levou a vender tudo o que tinha de valor... jóias, a ford transit, o camião, um cavalo, as ferramentas... 100 mil euros em dinheiro vivo, que um dia os pastores da Igreja foram a casa dele recolher para dentro de um saco, com a reiterada promessa de uma recompensa divina, com juros milagrosos. Passaram-se 5 anos e o mais que conseguiu juntar foram dívidas e desespero. Até que, terça feira passada, pediu uma empilhadora emprestada e entrou pela Assembleia adentro, levando tudo à frente. Garante que primeiro se certificou que não estava ninguém na sala nesse momento.
Agora, o pormenor curioso nesta história. E começa por ser curioso o facto de,  até no meio da maior miséria, haver sempre qualquer coisa que nos faz rir, mesmo sem querermos... neste caso... e no meio de um relato que dá tudo menos vontade de rir... chegamos a esta declaração de Eleutério Cortes, ao jornal Correio da Manhã. Diz que, já depois de algemado pela polícia, o pastor da Igreja Universal do Reino de Deus de Faro se chegou ao pé dele e... citemos: "Deu-me um chapadão com toda a fé."

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